Como desenvolver a inteligência emocional ao investir.

Como consequência da volatilidade no Brasil, muitos investidores ficam sem saber qual melhor opção de investimento. Com isso os investidores iniciantes detêm a ter um sentimento de ansiedade quando veem algum valor diminuindo em seus investimentos.

Quedas como essas não significam, necessariamente, a realização de um investimento errado. O problema pode estar na forma de entendê-lo. Por isso, precisamos desenvolver inteligência emocional para saber lidar com as adversidades dos investimentos e da vida.

Entender a dinâmica do ativo diminui a ansiedade:

Uma dica de como desenvolver a inteligência emocional é buscar a tranquilidade na hora de investir. Isso irá depender de você entender a mudança de preço de seus investimentos ao longo dos dias, dos meses, dos anos e que essa variação pode oscilar para cima e para baixo. Quanto mais oscilar para baixo, mais oportuno é comprar aquele ativo se ainda tiver saúde financeira.

É importante ter em mente que, se um ativo está em desvalorização, este é um resultado de curto prazo. Talvez você esteja cultivando uma ansiedade por não acompanhar análises que estudem o porquê dessa desvalorização. É preciso entender se houve alguma mudança nos fundamentos da empresa ou um efeito manada, de repente sendo algo bastante pontual.

Uma boa análise precisa mostrar se aquele potencial de ganhos que você imaginava ter também está diminuindo, o quanto está diminuindo e se vale a pena manter este ativo ou não.

 

Caso não tenha muita experiência com o mercado financeiro, tenha cuidado para não cair na armadilha de confiar demais em sua opinião. Às vezes, depois de algumas situações de acertos interessantes, adquire-se uma autoconfiança perigosa, que leva muita gente a perder dinheiro.

 

Diversificação é uma ferramenta de inteligência emocional

Se você está passando por um processo de ansiedade ao investir, resultando em perda de sono e medo, talvez você esteja investindo no produto errado. Neste caso, seria mais benéfico um produto com maior diversificação ou seria mais adequado um produto misto que contenha renda variável e renda fixa em sua composição.

Os fundos multimercado, por terem um bom peso da renda fixa em sua carteira, não terão uma alta tão forte quanto do índice Ibovespa. Por outro lado, diante de uma perda na bolsa eles perderão menos. As oscilações mais intensas na renda variável serão aproveitadas em uma escala menor, trazendo um pouco mais de consistência.

Um bom fundo de renda variável – aquele que num momento de alta da bolsa apresenta uma maior valorização e em momentos de queda da bolsa perde menos do que o Ibovespa – também é uma boa opção. Pode ser que mesmo assim este fundo possua uma performance inferior ao Ibovespa em alguns meses. No entanto, um bom gestor acertará estatisticamente na maior parte das situações. Um ótimo fundo de ações é aquele que venceu o benchmark (o seu índice de referência) na maioria das situações nos últimos tempos, nos últimos anos.

Investir não deve ser um processo que gera ansiedade. Converse mais sobre seus investimentos com o seu assessor e com pessoas que investem em renda variável. Leia os relatórios da equipe de research da sua corretora. Monte uma carteira diversificada, diluindo um pouco mais o risco, incluindo ativos de renda fixa. Assim você terá um desempenho também bastante consistente, mas com volatilidade um pouco menor.

Ao aprender como desenvolver a inteligência emocional, você poderá lidar melhor com a ansiedade típica da oscilação de preço no mercado de renda variável.

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